quinta-feira, setembro 01, 2005




Passado

Olho para ti...
imagem de mim
num passado distante...
desvio os olhos,
por cobardia e vergonha.
por não te conhecer,
por não te reconhecer mais.

Todas as aves passaram por mim
em todos os Outonos da minha vida.
Elas sabem para onde vão.
Eu, não sei quem sou...
sou uma ave perdida
buscando o efémero Verão...

Como é possível conhecermos alguém?
se em cada passo que damos,
a nós nos surpreendemos
com tudo aquilo que somos

Como é possível ser-se alguém?
se ser alguém
é não conhecer quem se é...

Como é possível a vida?
se o que sou é vão
como aves buscando

o efémero Verão...


2 Comments:

Blogger elementar said...

Não... o passado é meu..

brigado pelo coment o poema é lindo!!

11:18 da tarde  
Blogger Luis da Cunha said...

ahah! confundido com mário de sá carneiro... que orgulho, hein? está muito bom, continua a postar poemas teus porque são tão «lindos!!» como os do nandinho!

10:58 da tarde  

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