domingo, abril 11, 2010

dizes que me amas e ficas a meu lado
mas não como parte mim. um MEMBRO AMPUTADO.
dizes que me amas mas eu não te conheço
e que não podes aceitar o que eu ofereço
dizes que ficas quando eu sei que vais
prometes saudades e coisas que tais
dizes até já quando é nunca mais
abres a porta e sais.
cubro-me de silêncio e imploro uma mentira
mas já ninguém me retira
o sentimento
de te ouvir dizer Já não te amo,
lamento.

sábado, janeiro 27, 2007


Foram belos os dias
em que dançámos nús
na praça do teu umbigo.
Sabes quanto tempo levamos
sem nos drogar?
Tempo demais na minha agonia
de peixe sem respirar
Por vezes ainda abro a boca
Grito para nao me calar!
Cobre o meu corpo
da tua saliva
Fende as brechas da minha clausura
E despede-te de mim
com intensa ternura
Mexe-me as entranhas
com essa faca na mao
Marca-me mais uma vez
Para que o sonho seja real
Por fim.

quinta-feira, dezembro 28, 2006


A minha força sabe a vento
É só um momento e saberás
que os meus sonhos são tormentos
Os segredos que te sopro
são venenos mortais
erúditos pecados de luxúria.
Com o tempo serás pó,
um servo do meu chicote
e a meus pés te renderás.
Não te valerão as lágrimas
no meu regaço
nem o cuspo
no teu queixo
Serás calma no meu copo
e um lobo nos meus peitos.
Os teus gritos
perdem-se no meu riso
animalesco grotesco
o som dos teus ossos a partirem
E o descanso divino.
A comemoração.
Brindemos:
ao teu sangue derramado!





















Hoje chora a puta
das minhas insónias
que em linhas
de carne horizontais
perde a pureza das palavras
e come lençóis de cetim
Eu paguei para ter uma cara inchuta
e não a de uma puta
a chorar
Dizem homens
de sexo na mão
e peste na boca
Hoje ardem-me as entranhas
e a solidão corre-me nas veias
Percebi que as noites são estranhas
se são passadas sem amor
Mas sei que quando acordar
ainda vou estar ao espelho
a limpar o meu batôn vermelho.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Chego em breve, sem remetente.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Vermelho: amor.

quinta-feira, novembro 16, 2006


Vermelho: amor ou traiçao?

sábado, setembro 09, 2006



Sozinho.
Em mim só
Do lado de lá
as vozes que me insultam
Do lado de cá, eu
a mostrar-lhes o dedo
Sem medo
Não implorando,
gozando
Não rezando,
cuspindo
nos pratos que me deram
vazios
Vazios vão os corpos nas ruas
e o meu tão pesado que se afunda
em água e em vinho
Sozinho.
Em mim só
dando de comer aos outros
as minhas penas
Gordos caminham os corpos
vazios
e eu querendo que se afundem comigo
e eles voando alto
com as minhas penas
no estômago
e rindo vão até ao sol
Sozinho.
Em mim só

sábado, agosto 05, 2006
















No meu ventre crescem
homens que esmagam
e matam
Nascem comigo
a escutar-lhes o grito
Perdidos nas minhas mágoas
Nas orgias
brutais
de um monstro
As lágrimas que apaziguam
os gritos
e os olhos que imploram
clemência
decência, humanidade
cruel
brutalidade dos homens
que esmagam a minha carcaça
Perdidas estão as causas
e as minhas vísceras
Morri mãe de homens mortos.
Por alguém renasci
para morrer outra vez
de vez
E por mais ninguém voltarei
a este lugar
Morri
virgem de estupros
e de paixões
morri
pois longe vão os dias e as noites
que eras para mim o sol
e o uivo do lobo.
Um roubo
um sopro
fugaz
Não sou eu que condeno
quem me roubou a alma

domingo, julho 23, 2006

yo lloro mientras tu segues hacendo otros reír
(20 dias)

sábado, julho 01, 2006




















Um único poema, o final,
Aquele que acaba a história
Aquele que conta a minha história acabada
Aquele que mostra o quão triste ela foi
Choro sorrindo porque cansei-me de chorar
chorando
Que me perdoem os anjos que me
guardaram, os anjos que eu pisei,
anjos caídos na minha sopa
tão carnal e quente
que dói
que dói.
Descalço na rua vai o meu destino,
Sorrio
Descalço dói. e sorrio de novo.
Perdi-me demasiadas vezes no caminho
Por isso, que me perdoem os seguidores
Sigam sozinhos agora, matem sozinhos agora.
Eu lamento
lamento muito.
Não sou quem quis
Não fui quem sou
Não fazer sentido é o meu lema.
Magoar e amar, ter prazer e sofrer
é o meu fado, o meu maldito fado.

Quantas vezes comi o teu coração ao jantar?
Devia estar arrependido e não arrotando
sabes? hoje não tenho fome
Vou amar-te só mais desta vez
Desta vez
Só mais desta vez
Depois aceitarei o que me trarás em riste
e saciarei a minha fome
só mais uma vez

quarta-feira, maio 31, 2006


Escrevo palavras no meu corpo,
Um poema inteiro dedicado a ti.
Aplico-lhe dedadas, imperfeições,
Borrões.
Todo o meu corpo é um poema escrito
E os milhares de palavras que deixaste em mim
Deram-lhe carácter infinito,
Sem fim.
Quando vais, a tinta escorre
E algo em mim pranteia
Algo em mim desiste
Algo em mim te recorda
Cada vez que leio um poema triste.

sábado, fevereiro 11, 2006

Abraçar-te é como se
agarrasse a Lua
e a fizesse
minha.

      quarta-feira, janeiro 25, 2006


      Banharia os campos com o meu sangue, se fosse vermelhos que os quisesses.
      Vem, os meus lábios aguardam o mel.

      segunda-feira, janeiro 23, 2006





















      Desejos de impera dor.



      Parar no teu quarto para deixar de pensar.
      Dizer-te ao ouvido que a paz é o teu vazio.
      Caminhar por entre reflexos estranhos.
      Sentir que o sonho não passa disso.
      Olhar o lado que escondes na timidez de um suspiro.
      Conhecer o mundo que construíste em segredo.
      Saber que o tempo mais não é que o esquecimento.
      Gostar de cruzar os braços num peito frio.


      Mas por enquanto... É a dor o meu império.

      sexta-feira, janeiro 20, 2006

      (corredor da morte, Texas State Prison)

      Ali estou eu, algures entre as frestas do solo e o imenso azul. Despido mas não nú, rasgaram-me do corpo a vergonha.
      Acorrentado, sangrando, sigo arrastando-me, com a minha pele a deixar um rastro. Sorrio. Sangro e sorrio porque nunca fui tão livre. Tu vens comigo, estás num sítio onde ninguém te pode tocar. Só eu sei que é para junto de ti que vou quando fecho os olhos. És meu, sem dúvida. Estou contigo agora. Doem-me os lábios, ultimamente tenho sorrido muito... Posso ficar aqui para sempre, onde descanço os meus nos teus?

      segunda-feira, janeiro 16, 2006

      Wayne Trapp


      percorrer as linhas do teu pensamento e perder-me de mim.
      secundário.
      primeiro tu e as linhas do teu pensamento. depois a morte.
      o mundo é limitado. e tu és tudo no mundo. posso perder-me pois ter-te a ti é...
      mais que isso.
      imagina o universo.
      coisa difícil.
      o universo é para além da existência.
      o universo é maior que o mundo e menor que tu.
      perdi-me.
      irrelevante.
      és tu que interessas.
      em que pensas tu quando me pisas?
      o mistério da tua ausência na sola dos teus sapatos.
      não te sinto a ti quando me pisas. Sinto dor.
      não podes ser isso pois não?
      perdido outra vez..
      é esse o problema de seres tudo no mundo.
      também és dor.
      é esse o problema.
      simples.

      percorrer as linhas do teu pensamento e perceber que a minha dor é só uma parte da dor.
      também és dor tua. Maior
      porque o universo é maior que o mundo e menor que tu.
      encontrar-te no final de uma circunferência.
      impossível.
      nunca desistir quando o centro és tu.
      compasso.
      lança que me fere o coração.
      mal necessário da perfeição.
      estou perdido e o que digo não faz sentido.
      será isto a morte?
      mas sinto a perfeição dos teus pés a furar-me a carne.
      sentir isto é estar vivo.
      o milagre de estar vivo.

      as linhas do teu pensamento enrolam-se e confundem-me.
      cruzam-se e procriam.
      o sexo como o caminho certo.
      o caminho certo é bom. o sexo também.
      os teus pés na minha carne.
      o grito que liberto e me confunde.
      a dor. ardor.
      pensamentos enrolados.
      fumar os teus pensamentos e escrever palavras.
      nada seria mais fácil que parar uma tempestade quando a chuva cai porque me apetece...

      ...mas depois existes TU(do)

      sábado, janeiro 07, 2006




















      Digo merda para não dizer o teu nome.
      Aquilo que para ti é podre é, para mim, um eufemismo.

      sexta-feira, janeiro 06, 2006












      Salvação = Não compreender o amor



      O Aviso é inimigo da Inocência.

      Adoro o teu toque.
      Tocar piano com as tuas mãos.
      Ser o som que as tuas mãos falam. A profecia do que não existe.
      A inexistência profética da felicidade.
      Quero tocar as tuas mãos e sentir o que sentes quando as minhas tocas.

      Somos culpados.
      Avisaram-nos do inimigo da inocência. Pecado.
      As tuas mãos limpas sobre o Lixo. O interior da minha boca.
      Ser mastigado.
      Pastilhas a Mascar lixo. Mascar Moscas.
      E juntos batemos as asas até á carcaça mais próxima.
      Juntos nunca seremos a carcaça mais próxima.
      Algo está conosco que nos salva do mundo.
      E nada salvará o mundo.
      Pois redopia sempre. Sempre. Sempre da mesma forma até desaparecer no ralo do bidé.

      Noite.
      Pecado.
      O aviso é a Nocência.
      Aquilo que é nocivo.
      Sendo a ignorância a salvação.
      É não-aviso.
      É o Inocivo.
      É Inocência.



      Por vezes.
      Ainda nos beijamos.
      Apenas para sentir que o que existiu entre nós era grande demais para caber neste mundo.
      Ainda nos beijamos.
      Sentir a perfeição. E senti-la como algo anormal que não será nunca a rotina dos nossos dias.
      N te amo.
      Amor.
      Gastámos essa palavra todos os dias que não acordámos do sonho em que, embriagados, a repetíamos para nós próprios enquanto, levemente, sorríamos pela presença de algo novo.

      Mas tu acordaste. 28. 29 da manhã. Sorrateira. Enquanto eu dormia entregue a um son(h)o profundo.
      N te amo porque não posso.
      É impossível amar-te porque sem ar não respiras.
      Beijar-te é adormecer por momentos.
      Apeneia do sono.

      Sem ti resta-me agora brincar ás palavras fáceis.

      N te amo.
      amo-te N.

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