sábado, setembro 09, 2006



Sozinho.
Em mim só
Do lado de lá
as vozes que me insultam
Do lado de cá, eu
a mostrar-lhes o dedo
Sem medo
Não implorando,
gozando
Não rezando,
cuspindo
nos pratos que me deram
vazios
Vazios vão os corpos nas ruas
e o meu tão pesado que se afunda
em água e em vinho
Sozinho.
Em mim só
dando de comer aos outros
as minhas penas
Gordos caminham os corpos
vazios
e eu querendo que se afundem comigo
e eles voando alto
com as minhas penas
no estômago
e rindo vão até ao sol
Sozinho.
Em mim só

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