sábado, agosto 05, 2006
















No meu ventre crescem
homens que esmagam
e matam
Nascem comigo
a escutar-lhes o grito
Perdidos nas minhas mágoas
Nas orgias
brutais
de um monstro
As lágrimas que apaziguam
os gritos
e os olhos que imploram
clemência
decência, humanidade
cruel
brutalidade dos homens
que esmagam a minha carcaça
Perdidas estão as causas
e as minhas vísceras
Morri mãe de homens mortos.
Por alguém renasci
para morrer outra vez
de vez
E por mais ninguém voltarei
a este lugar
Morri
virgem de estupros
e de paixões
morri
pois longe vão os dias e as noites
que eras para mim o sol
e o uivo do lobo.
Um roubo
um sopro
fugaz
Não sou eu que condeno
quem me roubou a alma

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