quinta-feira, dezembro 28, 2006





















Hoje chora a puta
das minhas insónias
que em linhas
de carne horizontais
perde a pureza das palavras
e come lençóis de cetim
Eu paguei para ter uma cara inchuta
e não a de uma puta
a chorar
Dizem homens
de sexo na mão
e peste na boca
Hoje ardem-me as entranhas
e a solidão corre-me nas veias
Percebi que as noites são estranhas
se são passadas sem amor
Mas sei que quando acordar
ainda vou estar ao espelho
a limpar o meu batôn vermelho.

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