sábado, outubro 22, 2005

























És a facilidade frágil de uma bola de sabão.
Sabes que a tua dor é só uma parte da dor.
Conheces as batalhas que acontecem por arroz.
És o fogo de artificio, a luz, a magia.

Vives os caminhos traçados na mão.
És a simplicidade mecânica do rufar de um tambor.
Crias valas comuns para que não ouças a voz.
És a chávena de chá, a doçura, a poesia.

Percebes as estrelas e a morte de um irmão.
Curas maleitas com a palavra amor.
Gritas baixinho: “Deus reza por nós.”
És o peso do mundo, o tempo, a água fria.

És a corda no pescoço da humanidade.
És a parte do sonho que não se recorda.
És a prostituta de tenra idade.
És o hálito fétido de quem acorda.

És tão melhor que eu...

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